Controle de pragas e sanitização dos condomínios durante a pandemia Por Rosali Figueiredo
A Aprag (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas) tem alertado os síndicos a manterem o cronograma de desinsetização e dedetização dos ambientes mesmo durante o distanciamento social estabelecido pelas autoridades públicas para conter o avanço do novo Coronavírus (Sars-cov 2), que provoca a Covid-19.
O controle de pragas é considerado atividade essencial e se torna crucial neste momento para deter a disseminação de outras doenças, como a dengue. Por outro lado, os condomínios podem recorrer a esses serviços para promover a sanitização dos lugares de maior circulação de pessoas e auxiliar no combate ao novo Coronavírus.
A pandemia provocada pelo novo Coronavírus (Sars-cov-2) obrigou os centros urbanos e, dentro deles, os condomínios, a restringirem ao máximo a circulação e a aglomeração de pessoas, já que inexiste tratamento definitivo contra a Covid-19, tampouco uma vacina que possa imunizar a população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social é a medida mais eficaz do momento para controlar a pandemia. “Isso criou um medo muito grande, uma resistência nos condomínios a que se mantenham inclusive serviços essenciais como o controle de pragas”, afirma o engenheiro agrônomo Carlos Watanabe, presidente da Aprag (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas).
A Aprag está preocupada com uma eventual interrupção desses serviços. “É importante manter o controle de pragas, porque elas são vetores de doenças, que comprometem o sistema imunológico das pessoas, deixando-as mais vulneráveis à Covid-19 e complicando a situação dos serviços de saúde”, alerta Carlos Watanabe. Além disso, “boa parte das empresas está preparada hoje para fazer a desinfecção dos ambientes e ajudar a combater o novo Coronavírus”.
O biólogo Sérgio Bocalini, especialista em Entomologia Urbana e vice-presidente executivo da Aprag, reforça, por sua vez, que as variações climáticas desta época do ano propiciam a reprodução acentuada do Aedes Aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya.